Quer saber quando uma banda está realmente em alta ou é uma banda clássica na mente da galera? Olhe para o público em um show e veja quais grupos mais estampam as camisas.
Foi assim no final da década de 90 quando mais de 70% de jovens usavam camisas do Cradle of Filth em qualquer que fosse o show. Depois não foi difícil de ver Amon Amarth, Dimmu Borgir, Arch Enemy entre outros.
Os campeões de estampa sem dúvida ainda são: Iron Maiden com seu Eddie, Metallica, AC/DC, Sepultura e Megadeth. Só para citar alguns. O fato é que merchandising é um artigo que vende e muito.
O jornalista Mick Wall exemplifica muito bem essa corrida do ouro em Metallica – A Biografia. O jornalista frisa que: “Os integrantes do Iron Maiden tinham ficado milionários com os lucros de produtos licenciados antes mesmo das vendas dos discos”.
Astutos como sempre, Lars e Peter Mensch, proprietário da Q Prime, empresa que gerenciava a carreira do Metallica, perceberam que a maioria das marcas de merchandising de rock bem sucedidas arrecadava muito dinheiro em itens para colecionadores; não bastava apenas ter uma camiseta da turnê de 1988, as bandas mais espertas produziam uma camiseta para cada situação.
Nesse quesito o campeão era o Iron Maiden, que tinha seu próprio artista e designer, Derek Riggs, que produzia tanto as capas dos discos como as camisetas colecionáveis e os produtos relativos às turnês. As possibilidades eram incontáveis.
O Iron Maiden vai tocar no Havaí? Bom, que tal uma imagem do Eddie numa prancha de surfe?
Nesse trecho do livro o autor disserta sobre a criação do Eddie e as diversas formas que a Donzela de Ferro encontrou para disseminar a ideia do mascote pelo mundo.
O fato de Eddie ter sido também transformado em parte da decoração de palco da banda nos anos de 1980 não passou despercebido pelo Metallica e pela Q Prime. Com o Metallica planejando a sua primeira turnê em estádios como atração principal, Lars decidiu que eles precisavam de um Derek Riggs, até mesmo de um Eddie, talvez.
Já os trabalhos para o álbum “…And Justice For All” realmente foram a catapulta na carreira como artista gráfico e gerou todo o reconhecimento que Pushead merece como artista.
Suas ilustrações inspiradas na faixa “Shortest Straw” do Metallica também se tornaram clássicos. A música, que é uma crítica sobre os ricos e poderosos controlando as vidas dos menos afortunados, tornou-se a tela perfeita para Pushead.
O estranho design primário de caveira com dentes pontiagudos, canudos e olhos é um dos melhores na coleção de camisas do Metallica, mas a arte adicional da caveira “In Vertigo” também é icônica. Os canudos saindo da cabeça do crânio no lugar de seu cérebro são uma tradução brilhante da mensagem do Metallica.
Com o início da turnê mundial 1988-89, a banda pediu para ele aumentar a produção, começando com uma ilustração para o interior da capa de …And Justice for All: uma mão, com a palavra “fear” tatuada nos dedos, segurando um martelo com os quatro rostos dos integrantes da banda desenhados.
Foi também uma ilustração de Pushead que adornou a capa do programa oficial da turnê mundial Damage Justice, em 1988-89, uma brincadeira com a “justiça cega” da capa do álbum – a Estátua da Liberdade numa versão esqueleto, com os pratos da balança enfaixados e a espada abaixada. Eles também encomendaram o design das capas de dois singles do álbum And Justice for All: “Harvester of Sorrow” e “One”.
O Metallica pegou a estrada novamente depois de lançar … And Justice For All , e mais uma vez procurou Pushead para criar os visuais atraentes para a turnê.
O design “Damaged Justice” de Pushead é único na coleção do Metallica, pois é um dos poucos designs que usa fortemente a cor roxa, fazendo com que se destaque. A arte foi usada para promover “Harvester of Sorrow”, usando vermelho em vez de roxo na paleta de cores.
Algo que incomodava o artista era o fato de não ter feito uma capa para o Metallica. Pushead já trabalhava com o Metallica por quase duas décadas, mas foi somente em 2003 que ele desenhou sua primeira (e única) capa para um álbum do grupo.
Pushead criou a arte da capa do álbum St. Anger, usando vermelhos e laranjas fortes para adicionar à percepção visual de como é a raiva. O punho cerrado, amarrado com algum tipo de corda ou arame que envolve o pulso, definitivamente fornece um ótimo contexto visual para o que está dentro do álbum.
Também vale a pena notar que Pushead não criou somente a capa do álbum como também desenhou as ilustrações para o encarte.
O artista não se limitou a trabalhar apenas com o Metallica, à medida que a sua fama cresceu, graças aos trabalhos excelentes com a banda, outros grupos também se interessaram, entre eles o Aerosmith e o Motley Crue.
Para o Motley Crue, Pushead desenhou a camisa para a tour de 89 do álbum Dr. Feelgood, que se tornou o item mais popular daquela tour de 89.
Inspirado por artistas de quadrinhos e desenhistas de pôsteres psicodélicos da década de 60, como o lendário artista Rick Griffin, Pushhead ficou muito conhecido por ser “o artista das caveiras”, desenhando não somente para bandas de metal, mas trabalhando muito no universo do skate e realizando trabalhos pontuais para a Nike.
Essas curiosidades sobre a banda você encontra no livro Metallica – A Biografia, escrito pelo jornalista inglês Mick Wall. O livro saiu no Brasil pela Editora Globo.
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