Nos últimos dias, a cena do rock nacional foi sacudida por uma polêmica digna de novela. Tudo começou quando o locutor da Kiss FM, Marco Antonio Abreu, conhecido carinhosamente como “Titio”, chamou a banda Ultraje a Rigor de “fascistas falidos” em um post no Twitter. A história envolveu cancelamentos, desabafos públicos e uma enxurrada de reações nas redes sociais. Vamos destrinchar essa treta.
O Estopim: um Tweet explosivo
Marco Antonio Abreu, que apresenta o programa Alternativa de segunda a sexta-feira na Kiss FM, foi às redes sociais comemorar o cancelamento do show da banda Ultraje a Rigor na festa de aniversário da rádio. Ele não mediu palavras ao expressar sua satisfação:
“Graças a Deus a Kiss repensou e decidiu cancelar o show de aniversário da rádio com a m*rda ultrajante do Ultraje a Rigor. Uma rádio tão importante como a nossa, merece uma festa de respeito e não um grupo de fascistas falidos.”
Esse comentário gerou uma reação imediata dos fãs da banda e, claro, do próprio Ultraje a Rigor. A rádio Kiss FM também teve que entrar na dança, emitindo um comunicado oficial para tentar apagar o incêndio. A emissora afirmou que as opiniões dos seus colaboradores não refletem a posição da empresa:
> “Tratamos qualquer problema que possa acontecer em função de mensagens isoladas com muita seriedade e, por isso, reiteramos aos ouvintes e parceiros que as informações validadas pela Kiss FM estão nos canais oficiais da emissora.”
Ultraje a Rigor: do Rock falido ao repúdio cheio de mimi
A banda, liderada por Roger Moreira, não deixou barato. Eles publicaram um manifesto expressando sua indignação:
> “Somos atacados por Marco Antonio, cancelam o show que seria feito no Dia Mundial do Rock (data importantíssima) faltando 36 dias para o evento e é isso que temos como resposta?”
O guitarrista Marcos Kleine foi além e prometeu processar Marco Antonio, utilizando um tom nada amigável:
> “O bund* mole do @marcokissfm não consegue nem falar o nome da banda. Enfia a sua notinha no c* e espera o processo. Verme.”
Marco Antonio: um pedido de desculpas
Sentindo o peso da situação, Marco Antonio se pronunciou novamente, desta vez com um pedido de desculpas dividido em duas postagens. Ele explicou que sua crítica foi pessoal e que não pretendia prejudicar a emissora:
> “Comunicado: Amigos, gostaria de esclarecer que, num momento de empolgação pessoal, cometi um erro ao fazer uma crítica à uma determinada banda e senti que, sem a menor intenção, prejudiquei a emissora que trabalho. A Kiss FM é um veículo imparcial, que respeita o público e oferece conteúdo de qualidade. Peço desculpas à emissora, a meus diretores e ao público. A crítica que fiz (minha opinião não mudou) é estritamente pessoal e não reflete nenhum dos veículos que trabalho.”
Reações dos fãs e pessoas famosas
A internet, como sempre, teve reações variadas. Fãs e figuras públicas se posicionaram de ambos os lados. O jornalista Helder Maldonado, do Canal Galãs Feios, ironizou a situação:
> “O show do Ultraje foi cancelado na festa do Dia do Rock da Kiss FM e os integrantes estão muito putos. E com razão. Afinal, seria o único show desses falidos no próximo mês. Roger e Klein vão ter que pedir um adiantamento pro Gentilli para pagar os boletos de julho. Triste.”
Outro comentário de apoio ao locutor veio do perfil MukekaDiRato:
> “Importante deixar claro quem é quem @marcokissfm. Rádio deve servir para informar e vc fez apenas isso. Continue assim meu bom!”
Até o escritor Cesar Calejon entrou na brincadeira:
> “Chamou fascista na bisnaga? Parabéns.”
Outro comentário sensacional veio do humorista Tiago Santinele que lembrou um fato pesado dito por Roger:
“e aí, @Kiss_FM o cara atacou a banda daquele monte de bosta ( @roxmo ) que falou que uma criança de 11 anos que foi estuprada deveria “usar camisinha e parar de meter”
Chamar alguém de fascista é crime: consequências legais da polêmica entre Ultraje a Rigor e titio Marco Antonio
Além da polêmica nas redes sociais, é importante ressaltar que chamar alguém de fascista pode ter sérias consequências legais. Segundo o portal JusBrasil, tal acusação pode ser interpretada como crime de injúria ou difamação, conforme o contexto em que é feita. Dependendo da avaliação judicial, a pena pode variar de três meses a um ano de detenção, ou resultar em uma multa. Marcos Kleine, guitarrista do Ultraje a Rigor, enfatizou essa questão ao responder a um usuário no Twitter, destacando que a ofensa não se trata apenas de uma opinião pessoal, mas pode ser passível de ação judicial.
Conclusão
A treta entre Marco Antonio Abreu e o Ultraje a Rigor mostrou como o mundo do rock ainda pode ser tão explosivo quanto suas músicas. Defendendo Marco, é preciso reconhecer que, embora seu comentário tenha sido contundente, ele expressou sua opinião pessoal em um momento de empolgação. No fim, o importante é que o rock continua vivo e provocativo, alimentando debates e, por que não, boas risadas. E que venha o próximo capítulo dessa novela roqueira!