A cena musical da Finlândia sempre foi prolífica em bandas de Heavy Metal, mas nenhuma é tão única quanto Apocalyptica. Composta por Eicca Toppinen, Perttu Kivilaakso e Paavo Lötjönen, a banda se destacou por utilizar exclusivamente violoncelos em suas interpretações, criando uma atmosfera distinta e poderosa.
Inicialmente reconhecida por seus extraordinários covers do Metallica, Apocalyptica rapidamente conquistou seu espaço com composições autorais. Agora, quase trinta anos após sua estreia com “Plays Metallica by Four Cellos”, a banda retorna às suas raízes com “Plays Metallica Vol. 2”.
Da Iniciação ao Reconhecimento Global
Formada em 1993, Apocalyptica começou sua trajetória fazendo covers de Metallica em um show que chamou a atenção do público e da crítica. Este sucesso culminou no lançamento do álbum “Plays Metallica by Four Cellos” em 1996. Desde então, a banda não parou de inovar, lançando álbuns originais e colaborando com grandes nomes do rock e metal, como Gavin Rossdale (Bush). Além disso, Apocalyptica trouxe o vocalista Franky Perez para o álbum “Shadowmaker” de 2015, consolidando ainda mais sua versatilidade e impacto na música.
O Retorno às Origens com Novas Perspectivas
Lançado em 7 de junho de 2024, “Plays Metallica Vol. 2” celebra a jornada da banda desde seus primórdios. Este novo álbum não apenas revisita o conceito do primeiro tributo ao Metallica, mas também apresenta novas texturas e colaborações que enriquecem ainda mais a experiência sonora. A banda foi abordada com a ideia de gravar este álbum, e aceitaram o desafio com entusiasmo, trazendo uma seleção de músicas diferentes daquelas apresentadas no álbum de 1996.
Explorando a Discografia do Metallica
“Plays Metallica Vol. 2” é composto por dez faixas, cada uma reinterpretada com a assinatura única de Apocalyptica. Entre os destaques estão “Ride the Lightning” e “St. Anger”, duas faixas que demonstram a habilidade da banda em infundir novas energias e nuances em clássicos do Metallica. “Blackened” conta com a participação de Dave Lombardo (Slayer) na bateria, enquanto “The Four Horsemen” traz Robert Trujillo, baixista do Metallica, em uma performance vibrante.
A homenagem ao falecido Cliff Burton, lendário baixista do Metallica, é especialmente tocante em “The Call of Ktulu”, uma faixa que captura a essência do músico e sua contribuição inestimável para o metal. Outro momento memorável é “One”, com a participação de James Hetfield nos vocais, apresentando uma versão única e emotiva da música que foi narrada por James, que inclui também Trujillo no baixo.
Uma Abordagem Inovadora e Emocionante
Cada faixa de “Plays Metallica Vol. 2” é uma exploração apaixonada e inovadora do catálogo do Metallica. A banda consegue equilibrar agressividade com sutileza, criando interpretações que são ao mesmo tempo fiéis às originais e audaciosamente novas. A versão de “One” com Hetfield, por exemplo, transforma a canção em uma peça clássica com picos e vales emocionais, levando o ouvinte por uma jornada sonora imprevisível.
Conclusão: Uma Continuação Digna e Inspirada
Revisitar o passado pode ser um desafio, mas Apocalyptica o faz com maestria em “Plays Metallica Vol. 2”. O álbum não é apenas um tributo ao Metallica, mas uma prova do crescimento e da evolução da banda finlandesa. Com performances excepcionais e colaborações inspiradas, este álbum se estabelece como o complemento perfeito para “Plays Metallica by Four Cellos”. É um testemunho da capacidade de Apocalyptica de reimaginar o metal através das lentes da música clássica, mantendo-se fiel à sua essência enquanto continua a inovar.