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Fresno lança a segunda parte do álbum ‘Eu nunca fui embora’ com colaborações de NX Zero, Dead Fish e Chitãozinho e Xororó

Fresno lança a segunda parte do álbum 'Eu nunca fui embora' com colaborações de NX Zero, Dead Fish e Chitãozinho e Xororó

O álbum “Eu nunca fui embora” da banda Fresno chega à sua conclusão com o lançamento da segunda parte, que já está disponível nas plataformas digitais. A banda, composta por Lucas Silveira (vocal e guitarra), Vavo (guitarra) e Guerra (bateria), decidiu dividir o álbum em duas partes, uma estratégia que reflete a maturidade e evolução do grupo ao longo de sua trajetória.

Essa segunda metade do disco, lançada em 26 de setembro, continua a celebrar a versatilidade e a capacidade de inovação da banda. As sete novas faixas reforçam a fusão de estilos que Fresno sempre abraçou, desta vez trazendo colaborações de peso com nomes como NX Zero, Dead Fish, Chitãozinho e Xororó, e Filipe Catto, além de sonoridades que remetem tanto ao hardcore quanto à música sertaneja e aos anos 1980.

Participações marcantes e diversidade sonora

Logo na primeira faixa, “A gente conhece o fundo do poço”, a banda apresenta uma canção que Lucas Silveira descreve como essencialmente “a cara da Fresno”. A música reflete a essência emocional e melódica que os fãs da banda conhecem, com versos introspectivos e uma melodia que remete ao melhor do repertório emocional do grupo.

Na sequência, o álbum ganha força com “Se eu for, vou com você”, uma colaboração com o NX Zero que leva o ouvinte de volta aos anos 1980. O uso de saxofone cria uma atmosfera nostálgica, enquanto a faixa é vista como uma “reparação histórica”, segundo Lucas. “Foi algo que os fãs pediram por muito tempo, já que ambas as bandas surgiram na mesma época e, apesar de várias interações, nunca havíamos gravado juntos”, explica o vocalista.

Seguindo essa linha oitentista, “Fala que ama” mantém o uso do sax e narra a história de alguém que, apesar das desilusões amorosas, não consegue se desapegar. As referências à década de 1980 trazem uma mistura de saudade e inovação que mostra o crescimento da banda ao longo dos anos.

A faixa “Essa vida ainda vai nos matar”, com participação da banda Dead Fish, é um verdadeiro mergulho nas raízes do hardcore. A colaboração resgata as influências que moldaram o início da carreira da Fresno. “Fazemos uma reflexão sobre os desafios de viver da arte, sobre as vitórias e derrotas que enfrentamos ao longo do caminho”, conta Lucas, enfatizando que, apesar de tudo, “no final, tudo vale a pena”. A presença de Rodrigo Lima, vocalista do Dead Fish, confere à faixa um toque de autenticidade que os fãs do gênero vão apreciar.

Encerrando ciclos e abrindo novos caminhos

Outro destaque do álbum é o fechamento de uma trilogia iniciada em 2011 com a canção “Diga, parte 1” e seguida por “Diga, parte 2” em 2012. Agora, “Diga parte final”, com participação de Filipe Catto, encerra essa narrativa com um tom melancólico. “Essa é a hora de colocar um ponto final, de aceitar que certas coisas não eram para ser e seguir em frente”, revela Lucas, deixando claro que o ciclo está completo.

O tom melancólico também se faz presente em “Canção pra quando o mundo acabar”, que, como o próprio título sugere, mergulha em temas de solidão e descontrole. Essa faixa se destaca pelo lirismo sombrio, abordando o colapso emocional em tempos difíceis.

Antes mesmo do lançamento da segunda parte do álbum, os fãs já haviam sido presenteados com a faixa bônus “Camadas”, que conta com a participação de Chitãozinho e Xororó. A colaboração inusitada trouxe uma nova dimensão à sonoridade da Fresno, unindo a banda com dois dos maiores nomes da música sertaneja brasileira.

Produção e impacto cultural

A produção de “Eu nunca fui embora – Parte 2” foi comandada por Lucas Silveira, em parceria com o engenheiro de som Mat Mainhard na mixagem, e a masterização foi assinada por Ruairi O’Flaherty. A direção criativa ficou a cargo de Camila Cornelsen, enquanto a direção de arte foi conduzida por Giovanna Cianelli. A distribuição é feita pela Fuga, e o álbum sai pelo selo Elemess.

Com um conjunto tão diverso de faixas e colaborações, o álbum reafirma o lugar da Fresno no cenário musical brasileiro como uma banda disposta a romper barreiras de gênero e a experimentar novas sonoridades. A recepção calorosa dos fãs, que definiram o trabalho como #AOTY (álbum do ano, na sigla em inglês), demonstra o impacto que a banda continua a ter em sua base de seguidores.

Para Fresno, “Eu nunca fui embora” não é apenas uma celebração do passado, mas também um passo ousado rumo ao futuro, onde novos horizontes musicais continuam a ser explorados.

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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