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Nosferatu: a lenda sombria que quase foi destruída e sua nova adaptação em 2024

Nosferatu: a lenda sombria que quase foi destruída e sua nova adaptação em 2024

“Nosferatu”, o clássico do cinema mudo de 1922, quase desapareceu para sempre, vítima de uma batalha legal com a viúva do autor de “Drácula”, Bram Stoker. Conheça a história real de como esse ícone do terror sobreviveu e continua a influenciar a cultura pop até hoje. Além disso, saiba mais sobre a ficção que cerca sua produção no filme “A Sombra do Vampiro”, dirigido por E. Elias Merhige e produzido por Nicholas Cage, e a nova adaptação de Robert Eggers, prevista para estrear em 2024.

Nosferatu: a adaptação de Drácula que quase sumiu

Quando o diretor alemão F. W. Murnau decidiu adaptar “Drácula”, ele não imaginava que acabaria criando um dos filmes de terror mais icônicos da história. Ele foi um dos cineastas mais importantes do movimento do Expressionismo Alemão e é amplamente conhecido por seu trabalho no cinema mudo.

A produtora Prana Film tentou obter os direitos do romance de Bram Stoker, mas Florence Stoker, a viúva do autor, negou. Sem os direitos, Murnau seguiu em frente, mudando detalhes na trama e criando o personagem Conde Orlok, o vampiro protagonista de “Nosferatu”.

A batalha legal com a viúva de Bram Stoker

Apesar das mudanças, Florence Stoker, determinada a proteger o legado de seu marido, entrou com um processo contra a Prana Film, alegando violação de direitos autorais. Ela venceu o caso, e a corte ordenou que todas as cópias de “Nosferatu” fossem destruídas. A produtora Prana Film faliu logo depois, em parte por causa dessa batalha judicial.

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Como o Nosferatu sobreviveu?

Mesmo com a ordem judicial, algumas cópias do filme já haviam sido distribuídas internacionalmente. Graças a essas cópias que escaparam da destruição, “Nosferatu” sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico cult do cinema de terror, inspirando gerações de cineastas e moldando a representação do vampiro na cultura pop. Um aspecto marcante é a estética expressionista alemã, que influenciou o gênero de terror e continua sendo um marco em termos de atmosfera sombria e visual gótico.

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A Sombra do Vampiro: a ficção dentro da ficção

O filme “A Sombra do Vampiro” (2000), dirigido por E. Elias Merhige e produzido por Nicholas Cage, explora uma versão fictícia dos bastidores da produção de “Nosferatu”. No filme, o ator Max Schreck, interpretado por Willem Dafoe, é retratado como um verdadeiro vampiro que interpretava o papel do Conde Orlok. Essa abordagem criativa adiciona uma camada a mais de mistério à já enigmática produção de “Nosferatu”. Além disso, o elenco estrelado conta com John Malkovich no papel de F. W. Murnau, intensificando o drama da história.

Max Schreck: O Vampiro real?

Willem Dafoe foi indicado ao Oscar por sua interpretação de Max Schreck em “A Sombra do Vampiro”. A atuação de Schreck no filme original de “Nosferatu” foi tão convincente que gerou boatos de que ele poderia ser um vampiro real, o que serviu de inspiração para a narrativa do filme de 2000. A performance sinistra de Schreck é uma das razões pelas quais o filme ainda é tão perturbador até hoje​.

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A nova versão de Nosferatu (2024): Robert Eggers traz o horror de volta às telas

Com lançamento previsto para o Natal de 2024, a nova adaptação de Nosferatu, dirigida por Robert Eggers, traz um elenco estelar e promete ser uma experiência cinematográfica única. Bill Skarsgård, conhecido por seu papel como Pennywise em It, assume o papel de Conde Orlok, enquanto Lily-Rose Depp interpreta Ellen Hutter, a jovem protagonista que se torna o alvo das atenções sinistras do vampiro. Willem Dafoe interpreta o Professor Albin Eberhart Von Franz, um caçador de vampiros que lembra Van Helsing.

Segundo as informações reveladas, o filme seguirá a essência da história original de 1922, com a adição da estética sombria e detalhada que é marca registrada de Eggers. O diretor já é conhecido por filmes como A Bruxa e O Farol, que capturam uma atmosfera de terror psicológico e intenso​.

Elenco estrelado e visual Gótico

A produção de Eggers traz um visual que homenageia o expressionismo alemão de Murnau, com cenas sombrias e tensas. O trailer mais recente apresenta Ellen tendo pesadelos aterrorizantes enquanto a sombra de Orlok se aproxima, mantendo um clima de suspense que promete deixar os espectadores à beira da cadeira. Além disso, o filme conta com outros nomes de peso como Nicholas Hoult (interpretando Thomas Hutter), Aaron Taylor-Johnson e Emma Corrin, compondo um elenco que promete trazer grande profundidade aos personagens clássicos.

Legado e influência de Nosferatu no cinema de terror

“Nosferatu” continua a ser uma das obras mais influentes do cinema mudo e do terror. Sua estética expressionista alemã e a atmosfera macabra ajudaram a definir o gênero de filmes de horror. Muitos cineastas e escritores foram influenciados por “Nosferatu”, e agora, Robert Eggers revive o mito, entregando uma nova versão que promete honrar o legado de Murnau enquanto o apresenta a uma nova geração de cinéfilos.

Curiosidades sobre Nosferatu e sua produção

O nome “Nosferatu” foi usado como uma alternativa a “Drácula” para evitar problemas legais, mas isso não impediu o processo. O visual marcante do Conde Orlok, com suas orelhas pontudas e dedos alongados, tornou-se um símbolo icônico do vampiro no cinema. Embora “Nosferatu” tenha sido considerado perdido por algum tempo, foi restaurado com base nas cópias que sobreviveram, garantindo sua preservação para as futuras gerações.

Conclusão: A resistência de um clássico

Apesar das adversidades legais e financeiras, Nosferatu sobreviveu e continua sendo celebrado como um dos maiores filmes de terror já feitos. A história de sua criação, assim como o mito em torno do ator Max Schreck, perpetuaram a lenda do filme, e “A Sombra do Vampiro” oferece uma visão única e fictícia desse processo criativo. Com a nova versão de Robert Eggers em 2024, essa lenda está prestes a ganhar uma nova vida. Prepare-se para um Natal sombrio!

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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