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Cinco Miligramas de Misantropia

Evergrey – Theories Of Emptiness

Evergrey - Theories Of Emptiness

Quando se trata de metal progressivo, poucas bandas conseguem manter a consistência e a inovação que Evergrey exibe ao longo de sua carreira. Com mais de três décadas de existência, a banda sueca de Gothenburg, liderada pelo talentoso vocalista e guitarrista Tom S. Englund, continua a desafiar as expectativas e entregar obras-primas musicais. “Theories Of Emptiness”, o décimo quarto álbum de estúdio do grupo, lançado em 7 de junho de 2024 pela Napalm Records, não é exceção.

Um breve histórico da banda

Evergrey é conhecida por suas letras emotivas e complexas estruturas musicais que combinam elementos de metal progressivo e gótico. Desde o lançamento de seu álbum de estreia “The Dark Discovery” em 1998, a banda tem presenteado os fãs com uma discografia impressionante, incluindo destaques como “In Search Of Truth” (2001), “Recreation Day” (2003) e “The Storm Within” (2016). O álbum anterior, “A Heartless Portrait (The Orphean Testament)” de 2022, foi amplamente aclamado e preparou o terreno para “Theories Of Emptiness”.

Explorando os temas de “Theories Of Emptiness”

O novo álbum mergulha em temas de vazio e existência humana, explorando uma ampla gama de emoções através de suas dez faixas. Englund destaca a importância da progressão e inovação musical na criação deste álbum, afirmando que cada faixa busca introduzir algo novo, seja uma mudança de tom, novos acordes ou técnicas de produção inovadoras.

Faixa a faixa: uma jornada musical

O álbum começa com “Falling From The Sun”, uma continuação de “Ominous” do álbum anterior. Combinando peso e melodia, a faixa estabelece o tom para a jornada emocional que está por vir.

Em seguida, “Misfortune” traz uma energia agressiva, contrastando com a abertura mais leve. Com riffs poderosos e um coro envolvente, a música rapidamente se torna um destaque.

Já “To Become Someone Else“ oferece um equilíbrio entre momentos introspectivos e explosões de energia, com piano atmosférico e riffs afiados, destacando a versatilidade da banda.

“Say” mistura peso com teclados hipnotizantes e partes instrumentais imprevisíveis, criando uma experiência auditiva envolvente e dinâmica.

Uma balada que transborda emoção, “Ghost Of My Hero” conduz o ouvinte por uma narrativa melancólica, com vocais apaixonados e arranjos orquestrais.

We Are The North, esta faixa traz riffs furiosos e uma energia contagiante, mostrando a capacidade de Evergrey de criar hinos poderosos.

Com uma atmosfera gótica e solos de guitarra arrebatadores, “The Night Within” acrescenta profundidade e complexidade ao álbum.

Uma das faixas mais intensas do álbum, “Cold Dreams” conta com a participação de Jonas Renkse de Katatonia e vocais adicionais de Salina Englund, criando uma peça emocionalmente carregada e musicalmente rica.

Penúltima faixa do álbum, “Our Way Through Silence” é uma imersão profunda nos sentimentos de vazio e introspecção, preparando o terreno para o fechamento do álbum.

Encerrando o álbum, “A Theory Of Emptiness” utiliza um piano tímido e spoken word para nos fazer refletir sobre nossos sentimentos mais íntimos, oferecendo um desfecho contemplativo e poderoso.

Conclusão

“Theories Of Emptiness” é uma prova do contínuo poder criativo de Evergrey. Cada faixa é uma peça do quebra-cabeça que forma uma narrativa coesa e emocionalmente ressonante. A produção, liderada por Tom S. Englund e Jonas Ekdahl, e a mixagem de Adam ‘Nolly’ Getgood, realçam a vivacidade e a profundidade sonora do álbum. Este trabalho não só reforça a posição de Evergrey como mestres do metal progressivo, mas também mostra sua capacidade de evoluir e inovar, mantendo-se relevantes e cativantes.

Jornalista Filipe Souza - Cinco Miligramas de Misantropia

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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