Facebook

Genocídio celebra 35 anos de carreira com álbum ao vivo ‘Live In The New World’

Genocídio celebra 35 anos de carreira com álbum ao vivo 'Live In The New World'

O Genocídio, uma das bandas pioneiras do death metal no Brasil, acaba de lançar o álbum ao vivo Live In The New World. Com 35 anos de trajetória, o grupo paulista reuniu faixas que percorrem diferentes momentos da carreira, oferecendo uma experiência única aos fãs e registrando a energia visceral de suas apresentações.

Gravado durante um show em maio de 2022, no Carioca Club, em São Paulo, o álbum é um marco importante para a banda, que retornou aos palcos após três anos sem apresentações ao vivo. Naquela ocasião, eles abriram para os lendários Cannibal Corpse, um dos maiores nomes do death metal mundial.

Um registro fiel da performance ao vivo

Live In The New World traz um conjunto de sete faixas que inclui seis músicas autorais e uma homenagem ao Slayer, com a versão de “Kill Again”. O álbum é uma verdadeira imersão na atmosfera dos shows do Genocídio, graças ao trabalho minucioso do técnico de som Trek Magalhães, responsável pela captação do áudio ao vivo. Segundo a banda, o produtor André Zanferrari deu os toques finais no material, editando poucas partes e mantendo a fidelidade à performance original.

Sobre a escolha de manter a essência crua e intensa da gravação, Zanferrari comentou: “Não quisemos fazer grandes edições ou refinamentos. A ideia era justamente trazer a sensação autêntica de estar no show, com todas as nuances e a energia que só uma apresentação ao vivo pode proporcionar.”

A capa do álbum também carrega um toque especial, criada pelo baixista da banda, Wanderley Perna, que conseguiu traduzir em imagem a força e o legado do Genocídio. As fotos do show foram registradas pela fotógrafa Leca Suzuki, que já havia trabalhado com a banda em outros projetos visuais.

Trajetória e mudanças na formação

Composto atualmente por Murillo Leite (vocal e guitarra), Wellington Simões (guitarra), Wanderley Perna (baixo) e Herbert Loureiro (bateria), o Genocídio tem sua formação marcada por mudanças ao longo dos anos. No entanto, a saída mais recente foi a do baterista Levi Tavares, que deixou o grupo em junho de 2022, por motivos pessoais.

Wanderley Perna, membro desde os primeiros dias da banda, destaca a importância deste novo projeto: “Esse álbum ao vivo é uma maneira de celebrar nossos 35 anos de estrada e também uma forma de agradecer aos nossos fãs, que sempre nos acompanharam. O retorno aos palcos foi especial, e poder eternizar isso em um álbum é algo muito gratificante.”

Um legado no metal extremo brasileiro

Formada em 1987, o Genocídio ajudou a moldar o cenário do metal extremo no Brasil. Ao longo de mais de três décadas, a banda lançou álbuns que marcaram gerações de fãs e inspiraram uma legião de novos músicos. Com uma sonoridade que mistura death metal, thrash e influências do doom, o grupo consolidou seu espaço tanto no cenário nacional quanto no internacional.

Entre seus álbuns mais conhecidos estão Hoctaedron (2002), Posthumous (1991) e Depression (1995), discos que trouxeram temáticas densas e pesadas, abordando questões existenciais e críticas sociais, sempre com uma musicalidade agressiva e técnica.

Com Live In The New World, o Genocídio reafirma seu papel como um dos pilares do metal brasileiro. Além de celebrar a história da banda, o álbum também abre espaço para o futuro, com a promessa de mais projetos e shows após a retomada das atividades ao vivo.

Fiel aos seus princípios

Ao longo dos anos, o Genocídio sempre manteve uma postura autêntica, sem abrir mão de sua sonoridade pesada e das mensagens impactantes que traz em suas letras. Esse compromisso com sua identidade é o que faz da banda um dos grupos mais respeitados do gênero no país.

Sobre os próximos passos, Murillo Leite revelou: “Estamos empolgados com o que vem pela frente. Após o lançamento de Live In The New World, queremos voltar aos estúdios e começar a trabalhar em material inédito. A resposta dos fãs tem sido incrível, e isso nos motiva ainda mais a seguir criando.”

Para quem acompanha a trajetória do Genocídio, Live In The New World é um álbum indispensável, seja como um registro histórico ou como uma celebração da força do metal brasileiro. A expectativa agora é para que o grupo retome os shows com força total, levando essa energia para os palcos de todo o país.

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

👽 Gateiro, thelemita, amo a cultura hindu;
👽Converso sobre aliens, esoterismo, Google Ads e receita de bolinho de chuva!
📀Colecionador de LPs, CDs, Livros e histórias;
🤘 Ah! E metaleiro;
🃏Jogo uns tarôs de Crowley;
– Jornalista, designer e Workaholic;
– Produtor de conteúdo e apresentador do canal Cinco Miligramas de Misantropia;
– Amo cozinhar e degustar cervejinha artesanal;

Curta e compartilhe essa misantropia