Facebook

Marty Friedman – Drama

Marty Friedman - Drama

Sou muito fã do trabalho solo de Marty Friedman, consegui meus primeiros discos dele ali em meados dos anos 90.  Na verdade, curiosamente eu conheci o trabalho solo dele em um show do Iron Maiden que passou na Band. Era a despedida do Bruce Dickinson e tinha um mágico ilusionista que fazia uns truques de horror antes de certas músicas. E em um desses truques tocavam uma música instrumental do Marty Friedman.  Um amigo que assistia o show comigo me disse que essa música era dele e eu fiquei: – Como assim? o guitarrista do Megadeth? E esse amigo me disse que ele tinha outras bandas antes do MegaDave.

E fui igual a um maluco correr atrás dos discos. Consegui dois e fiquei maravilhado com o trabalho dele. E a partir de então passei a acompanhar a carreira monstruosa desse, que é um dos ícones da música instrumental. Venerado no Japão, Marty mantém sua vida pacata e seu trabalho árduo e cada vez mais elegante. E Drama não poderia ser diferente.

Marty Friedman, o icônico guitarrista conhecido por seu trabalho com Cacophony e Megadeth, lança seu mais novo álbum solo “Drama” em 17 de maio de 2024, pela Frontiers Music. Gravado na Itália, este álbum marca uma notável evolução em sua carreira, apresentando um conjunto de “mini-sinfonias” que demonstram sua habilidade inigualável em criar narrativas instrumentais.

“Drama” se destaca pela sua profundidade emocional e pela complexidade das composições. Cada faixa do álbum é cuidadosamente estruturada para levar o ouvinte a uma jornada sonora rica e envolvente. O álbum abre com “Illumination”, uma peça de seis minutos e meio que começa de maneira melancólica com notas prolongadas e evocativas, acompanhadas pelo piano de Mika Maruki. À medida que a música progride, Marty introduz elementos rápidos e melódicos que culminam em um final monumental, destacando a sua habilidade em criar camadas musicais intrincadas.

Outra faixa notável é “Mirage”, que mistura guitarras modernas e vintage, evocando tradições mediterrâneas, criando uma sensação de conflito e sedução. “A Prayer”, por sua vez, traz uma seriedade espiritual com suas influências da guitarra espanhola, imitando a ascensão e queda da voz humana para transmitir um desejo ou necessidade profundos.

“Thrill City” é uma homenagem ao estilo heavy metal que marcou o início da carreira de Friedman, com riffs pesados e uma energia contagiante que vai agradar aos fãs de longa data. Em contraste, “Deep End” oferece uma experiência mais introspectiva, com um solo de guitarra central que é ao mesmo tempo doce e misterioso, criando um casulo de calor e mistério.

A única faixa com vocais, “Dead of Winter”, apresenta uma mensagem de perseverança através dos tempos difíceis, com uma melodia envolvente e um solo de guitarra inspirador. A versão em inglês é interpretada por Chris Brooks, vocalista da banda Like a Storm, enquanto a versão em espanhol é cantada por Steven Banquero Vargas, adicionando uma camada multicultural ao álbum.  Essa canção é o primeiro lançamento solo de Friedman com um vocalista.

O álbum encerra com “Icicles”, uma peça que reúne todos os elementos explorados ao longo de “Drama”. A faixa começa com uma solenidade expressiva e evolui para um final vibrante, com uma mudança de tom gloriosa e uma execução de tirar o fôlego que culmina em uma nota longa e impactante, seguida por um delicado piano.

“Drama” é um testamento à contínua evolução artística de Marty Friedman. Com uma fusão de estilos e uma execução técnica impecável, este álbum não só reafirma seu status como um dos maiores guitarristas do mundo, mas também serve como uma inspiração para artistas emergentes na música instrumental. Para os fãs de Friedman, “Drama” é uma obra-prima que captura a essência de sua genialidade criativa, e para novos ouvintes, é a introdução perfeita a um artista que transcende os limites do rock instrumental.

TRACK LIST

1. Illumination
2. Song for an Eternal Child
3. Triumph (Official Version)
4. Thrill City
5. Deep End
6. Dead of Winter
7. Mirage
8. A Prayer
9. Acapella
10. Tearful Confession
11. Icicles
12. 2 Rebeldes (Dead of Winter) (Spanish Version)

FORMAÇÃO

Marty Friedman » Guitarra

Wakazaemon » Baixo

Gregg Bissonette » Bateria

Mika Maruki » Piano, Teclados & Sintetizadores

Hiyori Okuda » Violoncelo

Miho Chigyo » Violino

Chris Brooks (Like A Storm) » Vocal em ‘Dead of Winter’ 

Steven Baquero Vargas » Vocal em ‘2 Rebeldes’ 

Or Lubianiker » Baixo em ‘Mirage’

Naoki Morioka » Guitarra Rítmica em ‘Thrill City’

Takuro Iga » Teclados e Sintetizadores em ‘Sanctuary’

Chargeeeeee » Bateria em ‘Thrill City’

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

👽 Gateiro, thelemita, amo a cultura hindu;
👽Converso sobre aliens, esoterismo, Google Ads e receita de bolinho de chuva!
📀Colecionador de LPs, CDs, Livros e histórias;
🤘 Ah! E metaleiro;
🃏Jogo uns tarôs de Crowley;
– Jornalista, designer e Workaholic;
– Produtor de conteúdo e apresentador do canal Cinco Miligramas de Misantropia;
– Amo cozinhar e degustar cervejinha artesanal;

Curta e compartilhe essa misantropia