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The Mission – discografia biográfica e o que esperar do show no Brasil

The Mission - discografia biográfica e o que esperar do show no Brasil

The Mission, uma das bandas mais icônicas do rock gótico, está prestes a desembarcar no Brasil para um show único no dia 13 de outubro de 2024. Liderada por Wayne Hussey, a banda promete uma apresentação memorável que vai agradar tanto aos fãs de longa data quanto aos novos admiradores. Com uma carreira que atravessa mais de três décadas, o The Mission é conhecido por sua capacidade de misturar elementos de rock gótico, hard rock e psicodelia, criando um som inconfundível que continua a ressoar em gerações de fãs. 

Nesta matéria, exploraremos a história da banda, sua discografia diversificada, curiosidades marcantes e o que podemos esperar do show no Brasil.

Como o The Mission transformou o rock gótico: história e primeiros anos

Formado em 1986 por Wayne Hussey e Craig Adams, ambos ex-membros do The Sisters of Mercy, o The Mission rapidamente se destacou na cena musical gótica do Reino Unido. A insatisfação de Hussey com a direção criativa do The Sisters of Mercy e seu desejo de explorar novas fronteiras musicais levaram à formação do The Mission. Juntando-se a Simon Hinkler na guitarra e Mick Brown na bateria, a banda logo ganhou notoriedade e começou a fazer turnês pela Europa, abrindo shows para o The Cult e conquistando uma base de fãs leal.

O álbum de estreia da banda, God’s Own Medicine (1986), estabeleceu seu som característico, com hits como “Stay With Me” e “Wasteland”, que combinam letras profundas e emotivas com guitarras vibrantes. A partir daí, o The Mission lançou uma série de álbuns que não só consolidaram seu lugar na cena do rock gótico, mas também mostraram sua capacidade de evoluir e experimentar diferentes estilos musicais ao longo dos anos.

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Os primeiros sucessos e a consolidação na cena gótica

O The Mission rapidamente se destacou na cena do rock gótico com seus primeiros lançamentos, que foram fundamentais para consolidar sua reputação como uma das bandas mais influentes do gênero. Após o lançamento de seu álbum de estreia, God’s Own Medicine (1986), a banda ganhou atenção imediata com hits como “Stay With Me,” “Wasteland,” e “Severina.” Esses singles não só definiram o som característico da banda — uma fusão de guitarras vibrantes, linhas de baixo marcantes e letras emocionalmente carregadas — como também ressoaram profundamente com a crescente subcultura gótica do Reino Unido e da Europa.

A recepção crítica de God’s Own Medicine foi, em grande parte, positiva, com muitos críticos elogiando o álbum por sua energia crua e autenticidade. A habilidade da banda de misturar elementos de rock clássico e psicodélico com uma estética gótica proporcionou uma nova dimensão ao gênero. O álbum alcançou o Top 20 nas paradas do Reino Unido, mostrando que havia um apetite significativo por bandas que poderiam oferecer uma experiência sonora rica e intensa, sem medo de explorar temas sombrios e introspectivos.

O sucesso inicial foi ampliado com o lançamento de Children (1988), produzido por John Paul Jones do Led Zeppelin. Este álbum não só confirmou o talento da banda para criar hinos góticos poderosos, como “Tower of Strength” e “Beyond the Pale,” mas também mostrou sua capacidade de evoluir sonoramente. O disco alcançou o Top 10 nas paradas do Reino Unido, e faixas como “Kingdom Come” solidificaram o The Mission como uma banda capaz de produzir não apenas singles de sucesso, mas também álbuns coesos e impactantes.

A resposta do público aos primeiros álbuns foi massiva. Concertos lotados e turnês bem-sucedidas pela Europa e América do Norte ajudaram a cimentar o status da banda. A crítica também reconheceu a habilidade do The Mission em capturar a essência do rock gótico enquanto expandia seus limites, e a imprensa especializada, como a revista NME e o Melody Maker, destacava a banda como um dos pilares da cena gótica emergente.

Com esses lançamentos, o The Mission não apenas conseguiu um lugar no panteão do rock gótico, mas também pavimentou o caminho para sua longevidade na indústria musical. 

Eles continuaram a desafiar as expectativas com cada novo álbum e, ao fazê-lo, mantiveram uma base de fãs leal que cresceu ao longo das décadas. Essa fase inicial da carreira do The Mission foi marcada pela experimentação sonora e pelo desejo de ir além dos limites, elementos que se tornaram a marca registrada da banda.

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Todos os álbuns do The Mission: De God’s Own Medicine a The Brightest Light

A discografia do The Mission reflete sua evolução como banda e sua disposição de explorar novas sonoridades:

  • God’s Own Medicine (1986): Este álbum de estreia apresenta o som épico e emotivo da banda. “Stay With Me”, “Wasteland” e “Severina” se tornaram clássicos instantâneos.
  • Children (1988): Produzido por John Paul Jones do Led Zeppelin, este álbum foi um grande sucesso comercial. Canções como “Tower of Strength” e “Beyond the Pale” se tornaram hinos para os fãs.
  • Carved in Sand (1990) e Grains of Sand (1990): Explorando temas de dor, amor e redenção, esses álbuns são lembrados por faixas poderosas como “Butterfly on a Wheel”.
  • Masque (1992), Neverland (1995), e Blue (1996): Esses álbuns marcaram um período de experimentação sonora, tentando incorporar elementos de rock alternativo e até dance music, o que dividiu a opinião dos fãs.
  • Aura (2001), God Is A Bullet (2007), Dum Dum Bullet (2010), e The Brightest Light (2013): A banda retornou a um som mais familiar, mantendo sua essência enquanto continuava a explorar novos territórios musicais.

Confira a nossa Playlist

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Curiosidades e revelações de entrevistas

Wayne Hussey, em uma entrevista de 2014 para a Kiss FM e a Iguatemi FM em São Paulo, revelou algumas histórias interessantes sobre as músicas da banda.

Por exemplo, a canção “Severina” foi uma homenagem à filha de amigos, com inspiração adicional tirada da música “Venus in Furs” do Velvet Underground, que menciona um personagem chamado Severin. Já a música “Butterfly on a Wheel” foi uma homenagem irônica a um amigo com quem Hussey tinha um relacionamento complicado na época.

Hussey também explicou que o nome “The Mission” não tem conotações religiosas, como muitos poderiam pensar. Para ele, se tivesse algum significado, seria mais revolucionário do que espiritual. Essas declarações revelam o lado mais rebelde e irreverente da banda, que sempre procurou evitar rótulos fáceis e desafiar as expectativas do público e da crítica.

Além de sua carreira musical prolífica, Wayne Hussey tem uma conexão especial com o Brasil. Ele é casado com uma brasileira e mora no Brasil há mais de uma década, alternando entre uma casa no interior e um apartamento em São Paulo. Em entrevistas, como as disponibilizadas pelo site Rock On Stage, Hussey mencionou seu amor pelo país e como sua vida aqui tem influenciado sua perspectiva e, de certa forma, sua música. Essa conexão com o Brasil certamente adiciona uma camada especial à apresentação da banda no país, fazendo com que o retorno ao palco brasileiro tenha um significado ainda mais profundo para o vocalista.
Fonte: Rock On Stage

Recepção e percepção na cena gótica

Dentro da comunidade gótica, o The Mission é frequentemente discutido em termos de sua capacidade de transcender o gênero. Diferente de bandas como The Sisters of Mercy, que se mantiveram dentro dos limites tradicionais do rock gótico, o The Mission sempre buscou expandir seus horizontes musicais. Isso os levou a explorar influências que variam de rock clássico a experimentações sonoras mais modernas, como é evidente no álbum Masque (1992). Essa abordagem os colocou em uma posição única, mas também os afastou um pouco da fórmula convencional do rock gótico, algo que gerou debates entre os fãs sobre a autenticidade da banda no gênero.

O que esperar do show no Brasil

Analisando os setlists recentes de shows como os realizados em Calgary, Berlim, Utrecht, e outras cidades da Europa, podemos esperar uma combinação de clássicos que marcaram a carreira da banda e algumas surpresas. Canções como “Wasteland”, “Butterfly on a Wheel”, “Tower of Strength”, e covers de artistas icônicos como The Beatles e Depeche Mode têm sido frequentes nos shows recentes, mostrando que a banda ainda mantém sua tradição de variar o repertório a cada apresentação. Esta combinação de nostalgia e inovação garante que cada show do The Mission seja uma experiência única e emocionante para os fãs, seja em São Paulo, Londres ou Amsterdã.

Conclusão 

O The Mission é uma banda que continua a desafiar as convenções e a evoluir, mantendo-se relevante e cativante ao longo de mais de três décadas. Com seu retorno ao Brasil, os fãs terão a oportunidade de ver de perto a energia e a paixão de Wayne Hussey e sua banda em um show que promete ser inesquecível. Prepare-se para uma noite de nostalgia, música poderosa e algumas surpresas agradáveis.
Não perca a chance de assistir ao The Mission ao vivo no Brasil!

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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