Rosnado e cruel, o ícone da instituição do Doom/Death Metal melancólico e torpe do My Dying Bride retorna com um álbum que mantém o equilíbrio do universo distópico e sépia da banda.
O décimo quinto disco de estúdio da banda foi lançado em versão nacional pela Shinigami Records,
Quatro anos após o excelente “The Ghost of Orion” o My Dying Bride volta a não decepcionar os fãs. Todos os elementos que amamos na banda como aquele fio de desesperança que o violino de Shaun Macgowan traz, as guitarras lamentosas, todo o instrumental que pinta paisagens desesperadoras em nosso consciente enquanto ouvimos os lamentos de tristeza e angústias do vocalista Aaron faz o My Dying Bride uma banda que não tem disco ruim e muito menos desconecta seus fãs da promessa de desespero e aflição que a banda nos presenteia há mais de 30 anos.
O álbum “A Mortal Binding”, que traduzindo ficaria “Um Vínculo Mortal”, tem cerca de 54 minutos de pura desolação, com muitas letras de revolta contra a fé e um desgosto nada profano contra Deus e sua arrogância egocêntrica.
O disco abre com peso, agressividade e andamentos característicos do My Dying Bride com as faixas “Her Dominion” e “ Thornwyck Hymn”. Já o restante do disco pende ao já consagrado e delicioso martírio miserável que só o My Dying Bride é capaz de proporcionar.
Musicalmente, “A Mortal Binding” é uma jornada complexa através de paisagens sombrias e melódicas. Os arranjos são ricos e variados, com a guitarra e o violino desempenhando papéis centrais, criando uma textura que é ao mesmo tempo melancólica e bela. As faixas alternam entre momentos de pesar intenso e passagens mais serenas, permitindo que o ouvinte se perca nas ondas de emoção que o álbum propõe.
Em relação às letras do disco achei interessante destacar duas faixas para analisarmos. Começaremos por “The Apocalyptist”, que é a sexta faixa do álbum. Esta canção se destaca por explorar temas como resistência e redenção através de uma linguagem simbólica. Veja os pontos chave:
Essa música carrega uma forte carga emocional e simbólica, refletindo sobre desistência, luta interna e a busca por libertação pessoal.
“A Starving Heart” é uma faixa envolvente que explora imagens poéticas para discutir temas de desolação e renovação. Aqui estão os principais trechos para analisarmos:
A letra da canção “A Starving Heart” usa metáforas poderosas para refletir sobre destruição e renovação, oferecendo uma meditação sobre a natureza cíclica da vida e da morte. Esta análise foca em entender como cada elemento contribui para o tema central da música.
O My Dying Bride mantém a sua coroa e ainda é sinônimo de música gótica sobre tragédias pessoais, perdas e sofrimento. Resumir o My Dying Bride dessa forma seria um sacrilégio, já que o sexteto é uma unanimidade em termos de qualidade, além de nos proporcionar uma trilha sonora gótica sem igual para os dias frios e cinzentos.
Mas você sabe que a banda está muito além de qualquer mero adjetivo.
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📀Colecionador de LPs, CDs, Livros e histórias;
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– Jornalista, designer e Workaholic;
– Produtor de conteúdo e apresentador do canal Cinco Miligramas de Misantropia;
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Shinigami Records – Nacional – 2024
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