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My Dying Bride – Macabre Cabaret

My Dying Bride – Macabre Cabaret

A banda britânica My Dying Bride, referência absoluta no universo do doom metal, segue sua jornada sombria com o relançamento do EP Macabre Cabaret no Brasil, agora pela Shinigami Records. Originalmente lançado em 2020 pela Nuclear Blast, o EP, que já havia cativado fãs ao redor do mundo, ganha uma nova edição para o mercado brasileiro, trazendo novamente à tona toda a atmosfera melancólica e introspectiva que se tornou a assinatura da banda ao longo de três décadas de carreira.

A jornada do My Dying Bride até aqui

Formada em 1990, em Bradford, Inglaterra, My Dying Bride rapidamente se estabeleceu como uma das principais bandas da cena doom metal, ao lado de nomes como Paradise Lost e Anathema. Com álbuns icônicos como Turn Loose the Swans (1993) e The Angel and the Dark River (1995), a banda criou um legado de riffs pesados e melódicos combinados com letras que exploram temas de perda, desespero e romantismo gótico. Após um hiato prolongado, The Ghost of Orion marcou um retorno às suas raízes, misturando elementos de seus trabalhos iniciais com uma produção moderna e polida. Agora, com o relançamento de Macabre Cabaret no Brasil, a banda revisita e reforça essa exploração de emoções escuras e paisagens sonoras sombrias e fez um excelente prólogo para o disco seguinte “A Mortal Binding” lançado em 2024 Esse EP ainda contava com Jeff Singer (ex-Paradise Lost) na bateria, que foi substituído no disco seguinte pelo Dan Mulis (An Axis Of Perdition, ex-Bal-Sagoth).

Análise Faixa a Faixa

1. Macabre Cabaret: A faixa-título abre o EP com uma introdução de órgão que imediatamente estabelece um clima de fatalidade e introspecção. Como de costume, os vocais de Aaron Stainthorpe mesclam um canto limpo melancólico com momentos de spoken word que elevam a atmosfera angustiante da faixa. Uma verdadeira montanha-russa emocional que começa em um crescendo e se desenvolve com uma progressão arrebatadora, alternando entre passagens pesadas e introspectivas, com uma presença crescente do órgão na parte final. Uma canção que captura a essência da paixão física e do amor avassalador de maneira desoladora.

2. A Secret Kiss: Diferente da faixa de abertura, “A Secret Kiss” se apresenta como uma canção mais direta de death-doom, sem interlúdios suaves. As guitarras, conduzidas por Andrew Craighan e Neil Blanchett, assumem o protagonismo, enquanto a bateria e o baixo criam uma base sólida para os vocais de Aaron. Este é o ponto alto do EP, fazendo uma ponte entre dois mundos distintos, o álbum anterior do grupo e o que veríamos em A Mortal Binding, lançado em 2024.  A produção posiciona o baixo como ponto central, ao redor do qual todo o restante da instrumentação orbita.

3. A Purse of Gold and Stars: Encerrando o EP, essa faixa é uma bela composição que lembra uma trilha sonora introspectiva. A melodia minimalista ao piano, acompanhada de cordas e passagens de spoken word, cria um ambiente melancólico e elegante, que se mantém ao longo de toda a faixa sem grandes variações, mas de forma que captura o ouvinte.

Conclusão

O relançamento de *Macabre Cabaret* pela Shinigami Records é mais do que uma simples reedição; é uma oportunidade para os fãs brasileiros redescobrirem o poder emotivo e a profundidade do My Dying Bride. Este EP não é apenas uma compilação de músicas; é uma experiência auditiva que captura a essência da banda, sempre equilibrando delicadamente a beleza sombria com o desespero esmagador. Este relançamento reafirma por que My Dying Bride é uma força tão duradoura na cena do doom metal: eles não apenas fazem música, mas criam mundos.

Tracklist do EP “Macabre Cabaret”:

1. Macabre Cabaret

2. A Secret Kiss

3. A Purse of Gold and Stars

Filipe Souza

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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