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Cinco Miligramas de Misantropia

The Night Eternal – Fatale

The Night Eternal - Fatale

Renascimento Sombrio no Metal Alemão

Quando você acha que não tem banda para impressionar e que o Metal pode estar num marasmo criativo, com alguma bandas produzindo mais do mesmo ou apenas mantendo suas linhas de produção lançando a mesma coisa, mas com nomes diferentes, eis que surge das terra germanicas de Essen, mesma cidade do Kreator a banda The Night Eternal.

Com o seu segundo disco “Fatale” lançado em 2023, o grupo envereda para um Dark/Doom Metal que me faz lembrar muitas bandas do estilo: Candlemas, Memento Mori com um vocalista que remete as fases áureas de Glenn Danzig.

 

Uma Viagem Sombria e Triunfante

A faixa que abre o álbum, “In Tartarus”, não apenas configura o tom épico do disco, mas também revela a habilidade da banda em mesclar pesar melódico com uma energia triunfante. Cada acorde e batida parece feito não apenas para entreter, mas para transportar o ouvinte para uma jornada introspectiva através de paisagens sonoras sombrias e cativantes.

Magistrais Intérpretes da Escuridão

Ricardo Baum, com sua voz carregada de emoção e profundidade, comanda as faixas com uma presença que é difícil de ignorar. Juntamente com as guitarras harmoniosas de Rob Richter e Henry Käseberg, e a seção rítmica robusta fornecida por Jonas Nühlen no baixo e Aleister Präkelt na bateria, a banda não só respeita suas raízes metálicas como também as eleva a um novo patamar de expressão artística.




Produção Impecável

“Fatale” brilha também na sua produção. Marco Brinkmann e a masterização de Arthur Rizk proporcionam um álbum que é grandioso e íntimo ao mesmo tempo. A habilidade de capturar a essência do heavy metal clássico enquanto se infunde frescor e modernidade é palpável em cada faixa.

Influências e Singularidade

Apesar de suas óbvias influências – de Judas Priest a Memento Mori- “Fatale” destaca-se como uma obra original. A banda honra o passado do gênero, mas não tem medo de explorar suas próprias ideias, estabelecendo uma identidade única no cenário do metal. Canções como “Prince of Darkness” e “Prometheus Unbound” são testemunhos da habilidade do grupo em criar hinos poderosos que são tanto uma homenagem quanto uma inovação.

 

Conclusão

“Fatale” é um álbum que não apenas satisfaz os ouvidos sedentos por heavy metal de qualidade, mas também desafia e eleva o gênero. É um lembrete potente de que o metal, longe de estar estagnado, é um campo fértil para inovação e paixão. The Night Eternal não está apenas fazendo música; eles estão esculpindo seu legado no panteão do metal com cada nota de “Fatale”.

Portanto, para os amantes do Heavy/Doom, especialmente aqueles com um carinho por melodias sombrias e profundamente emotivas, “Fatale” é uma obrigação. Prepare-se para ser transportado para um mundo onde o metal não apenas soa, mas ressoa com uma força majestosa.

Jornalista Filipe Souza - Cinco Miligramas de Misantropia

Filipe Souza

Editor / Jornalista Responsável

MTB32471/RJ

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📀Colecionador de LPs, CDs, Livros e histórias;
🤘 Ah! E metaleiro;
🃏Jogo uns tarôs de Crowley;
– Jornalista, designer e Workaholic;
– Produtor de conteúdo e apresentador do canal Cinco Miligramas de Misantropia;
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Gravadora:

Ván Records – Importado

Faixas:

01. In Tartarus
02. Prince Of Darkness
03. We Praise Death
04. Ionean Sea
05. Stars Guide My Way
06. Run With The Wolves
07. Prometheus Unbound
08. The Requiem
09. Between The Worlds

The Night Eternal - Fatale